domingo, 25 de maio de 2014

POEMAS ANTIGOS



Já viste a alma presa
no cálice de tua mão?
Não validemos tal dor,
no cômputo total
ela não vai além de uma gota,
um suspiro de orvalho
sacrificado ao ar. 
Ao universo nada importa,
tudo traz o selo da perfeição.
Não choro -
mas como queria de vós, 
Natureza, uma tal isenção.

(Fernando Campanella, 1986)